Homofobia

Medo, desprezo e preconceito são palavras chaves quando o assunto é homofobia. Hoje em dia, “o medo de seus semelhantes” pode ser dividido em duas partes, a dos homossexuais e a dos heterossexuais.
A homofobia relacionada aos gays, lésbicas e bissexuais é aquela que se priva de assumir sua própria sexualidade e se envolver intimamente com uma pessoa do mesmo sexo, para evitar um preconceito social e a descriminação.
A outra face deste problema social é o hetessexismo, no qual há uma repressão dos heterossexuais para com os homossexuais, alegando nojo, desprezo, anormalidade e outros exemplos de indiferença social, acreditam que a única forma de relacionamento íntimo aceitável é a de homem com mulher. Os heterossexistas recebem o apoio de grande parte da sociedade, da Igreja que condena o homossexualismo como as “leis de Deus” e o Estado que não trata com igualdade a sua população.
O primeiro passo para entender a homofobia é aceitando que pelos ensinamentos que temos a partir da Igreja, do Estado e da nossa família, um exemplo bem claro disso são as questões de gênero que resulta aos estereótipos que não define a sexualidade de nenhuma pessoa, como na infância definir o que é brincadeira de menino ou de menina, é uma “norma” cores como azul de definição para o homem e o rosa para a mulher.
Muitos homossexuais aceitam passivamente o preconceito para não perder oportunidades de trabalho, amizades e de freqüentar ambientes heterossexistas, isso acontece devido ao conceito errado de homossexuais influenciarem sexualmente outras pessoas heterossexuais com esse contato.
Uma tentativa de chamar a atenção da sociedade para esse fato social é com a realização de um movimento de aceitação da diversidade sexual, mais conhecida como a Parada GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis), na qual todos se mostram como são sem máscaras.
A homofobia além de ser uma forma de preconceito e falta de informação também é crime pela Lei nº 7.716, de cinco de janeiro de 1989 com pena que varia de dois a cinco anos de prisão, essa lei também defende outras formas de diversidade como: etnia, raça, cor, religião, procedência nacional, orientação sexual e identidade de gênero.
Diversidade não é apenas uma luta por direitos iguais dos homossexuais, é também uma forma de respeito às diferenças e evolução social seja ela qual for.
Para falar mais sobre o assunto, entrevistamos "S.M" para nos esclarecer algumas dúvidas:
1) Você é sexualmente assumido? Se sim, sofre preconceito por causa disso?
“Só para os amigos e não para a família por depender muito deles. Sofri preconceito em uma sala de aula, na qual um menino me fez assumir minha sexualidade publicamente”.
2) Você segue alguma religião? O que acha da opinião da Igreja Católica?
“Sou espírita. Se eles seguem a bíblia como (amor ao próximo acima de qualquer coisa) eles deveriam aceitar a diversidade sexual, pois amar não faz mal a ninguém”.
3) O que você sugere para acabar com o preconceito?
”Primeiro, eu acho que pessoas de alto escalão como professores, diretores e políticos não deveriam descriminar, mas sim serem um exemplo e os homossexuais não devem transformar suas vidas em um outdoor, deveriam ser mais reservados”.
4) Você já ouviu falar da “Escala Kinsey”? (Pesquisa sobre a conduta sexual de homens e mulheres).
“Não conheço, mas tenho a minha própria escala que diz que você pode nascer com uma pré-disposição genética, mas cerca de 80% a 90% da população tem uma certa curiosidade de provar pelo menos uma vez na vida”.

Autores: Caroline Caiana, David Tavares e Vivian Mesquita.